O acusado era reincidente e com maus antecedentes, mas o fato do homicídio ter sido cometido na noite de Natal, “ocasião festiva para expressiva parcela da comunidade mundial, incluída a local”, agravou a circunstância do crime, de acordo com a sentença lida pelo Juiz de Direito Marcos Henrique Reichelt, da 1ª Vara Criminal do Foro da Comarca de Alvorada, na última sexta-feira.
A decisão foi por condenar um homem que deu um tiro na cabeça de outro na noite de Natal, em 2014. Ao comemorar a data em frente às casas, jogando bombinhas, houve uma briga entre vizinhos, que resultou no disparo que matou a vítima. O réu foi condenado a 18 anos de reclusão.
Desde que foram retomados os Júris de réus presos, em outubro, o Foro de Alvorada realizou dezenas de sessões. Só em novembro, foram nove Tribunais do Júri presididos pelo Juiz Marcos Henrique Reichelt na Comarca.
Prevenção
Para a retomada dos trabalhos, foram tomadas algumas medidas de prevenção sanitária, como o aumento no número de jurados para sorteio, prevendo a possibilidade de alguns pertencerem ao grupo de risco, e a escolha de processos em que há no máximo três réus, para limitar o número de pessoas em plenário. Em processos com mais réus é analisada a viabilidade de cisão do feito.
Para manter o distanciamento, os jurados são recebidos no saguão do Foro e encaminhados a diferentes corredores do prédio, e só ingressam no salão do Júri após o sorteio dos sete integrantes que irão compor o conselho de sentença. Eles se sentam com a distância necessária, nos lugares antes destinados ao público, que agora não participa da sessão.
Representantes do Ministério Público e advogados também ficam em locais em que haja segurança.
Até o fim de dezembro, estão previstas cinco sessões de julgamento de réus presos. Segundo o magistrado, as sessões seguirão nos meses de janeiro e fevereiro, logo após o período de recesso de fim de ano.