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Fiscalização, treinamento e legislação são alguns dos pontos a serem estudados pelo Grupo de Trabalho criado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que irá propor iniciativas para melhorar o serviço de vigilância no país. A primeira reunião será dia 12/4.
A Juíza de Direito Karen Luise Vilanova Batista de Souza Pinheiro, titular do 2º Juizado da 1ª Vara do Júri de Porto Alegre, é uma das integrantes do GT. A coordenação está a cargo do Conselheiro do CNJ Mário Augusto Figueiredo de Lacerda Guerreiro, Juiz de carreira do TJRS. Além de magistrados, especialistas da área também participarão dos estudos.
Um dos objetivos do grupo é evitar que ocorram casos como a morte ocorrida em um hipermercado de Porto Alegre após uma abordagem violenta pelos seguranças.
A magistrada gaúcha atuou, juntamente com a Juíza titular do CEJUSC de Porto Alegre, Dulce Gomes Oppitz, das sessões de mediação entre representantes do supermercado, da empresa de segurança e de entidades que defendem os direitos humanos para o pagamento de indenizações. Para ela, é preciso chamar atenção para o treinamento deficiente desses profissionais e para as abordagens que resultam em violência.
Juíza Karen de Souza acredita que os profissionais de segurança devem ser melhor preparadosCréditos: Arquivo/TJRS
“A transformação das práticas em segurança privada, a transformação da cultura social e institucional são fundamentais para que nosso país dê mais um passo a superar esse déficit civilizatório nas relações humanas. Deve-se preservar patrimônios, mas acima de tudo as vidas”, afirmou a Juíza que também está contribuindo para a elaboração de propostas de uma legislação antirracista na Câmara dos Deputados. Ela ainda integra o Comitê de Equidade de Gênero, Raça e Diversidade do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul.